30 julho 2009

história


Isto foi escrito em Janeiro deste ano.
A história continua a mesma.


Novembro. Chuva. Pé inchado. Miss Batom. Cinema. Sanduíche de berinjela. Botafogo. Mais chuva. Carro e viaduto. Passeio na praia. Torpedos frenéticos nos celulares. Vontades de ficar, mas não. Mais cinema, mais chuva, mais novembro, mais vontades, mas não. Cinema. Feriado. Colchão no chão. Vira de costas. Caranguejo. Mais chuva. Beijos. Carinhos. Suspiro no pescoço. Conchinha. Filme. Colchão no chão. Beijos. Carinhos. Não vá embora, por favor. Torpedo de estou com seu cheiro. Torpedo de estou com saudades. Mais dias de chuva e calor. Natal. Ano Novo em Búzios. Amigos novos e queridos. Mais chuva. Beijos. Carinhos. Aniversário. Meus amigos. Seus amigos. Todos. Mais beijos. Mais carinhos. Carnaval. Saquarema. Sítio. Cachorro e pássaros. Amigos queridos. Pouco de ciúme. Beijos. Carinhos. Mais cinema. Miss Batom. Hotel Morada. Sanduíches com pimentão e chocolate quente. Filmes na cama. Brigadeiro. E beijos. E carinhos. Fondues em Teresópolis. Conversas. Abraços. Beijos. Carinhos. Frio. Dois cobertores, um pra mim, um pra você. Novembro. Chuva. Paraty. Barulho de goteira. Adesivo de casal gay na geladeira. Cidade histórica todos os dias. Dormir de tarde e acordar à noite. Fotos e mais fotos. Caranguejo número 1. Seu sorriso. Seu beijo. Seu abraço. Seu carinho. Natal. Ano Novo em Saquarema. Amigos não tão novos e queridos. Piscina e comidas. Pessoas queridas. Aniversário. Uruguay. Punta Del Este. Barco. Carnaval na Argentina. Jardim Japonês. Medo de avião. De volta ao mundo real. Novos desafios. Mais ciúmes. Menos filmes. Menos sanduíches com pimentão. Menos passeios na praia. Mais cansaço. Mais distração. Documentário. Acidente de carro. Medo de te perder. Medo de ficar sem você. Final de semana com o coração na boca. Você bem. Alívio. Aproximação da família. E eu. Visitas. Dor. Imobilização. Fisioterapias. Muitas. Fotos de crianças. Suas viagens. Mais ciúmes. Mais medos. Mais cansaço. Menos beijos. Menos carinhos. Menos passeios. Mais trabalho. Mais responsabilidades. Mais distrações. Muito mais ciúme. Muitas outras brigas. Muitas outras discussões. Muitos outros choros. Novembro. Chuva. Cesta de chocolates e sapatos bem como queria. Passeio de carro. E volta para casa. Caranguejo número 2. Menos beijos. Menos carinhos. Mais ciúmes. Mais distrações. Festa de criança. Volta de ônibus. Conversa longa e chata. Te deixo em casa e vou embora. Não mais Hotel Morada. Natal. Não mais filmes. Não mais sanduíches com pimentão. Não mais beijos. Não mais abraços. Não mais carinhos. Não mais suspiros no pescoço. Não mais conchinha. Não mais colchão no chão. Ano novo, eu lá, você cá. Torpedos tristes no celular. Fica bem e se cuida. Só isso. Saudades. Aperto no coração. Uma dor nunca antes sentida. Ciúmes e medo de perder de vez. Vontades de estar perto, mas não. Dias sem saber. Dias sem nem sequer um oi-tudo-bem. Dias assim sem você.
Nossa história não tinha que parar por aqui, mas agora eu não sei.

P.S: Ao som de "The Only Moment We Were Alone"

14 julho 2009

Para minha estrela



Que necessidade tola esta a que me consome agora. Esta necessidade de fazer você saber que eu sinto a tua falta de uma maneira absurda. Que me aperta, me sufoca, me machuca. Esta necessidade tola que tenho agora de te ligar e dizer que pego o primeiro ônibus que passar ai na esquina da tua rua só para te dar um abraço, aquele abraço que tenho guardado aqui para te dar há tanto tempo. Há tanto tempo que tenho tudo preso aqui na garganta e quando quero falar não sai nada. Não sai nada porque tudo que sai são palavras confusas, misturadas, palavras que você já deve ter ouvido muito, palavras como “sinto-tanta-falta-de-você-que-não-sei-como-aguentar-a-saudade-não-consigo-mais-ficar-assim-sem-você-na-minha-vida”. E eu, eu juro que não sei como fazer para não sentir a tua falta. E eu já tentei de tudo. Já guardei cartas, fotografias, não ouço mais certas músicas, não vejo mais certos filmes, não uso mais certas roupas, passo longe de perfumarias e evito falar no teu nome. Mas nada disso adianta, sabe? Nada disso nunca adiantou.
Não peço nada de você, não quero nada em troca. Só preciso, necessito, que você saiba, que você tenha noção, da falta que você faz na minha vida. Que você saiba do buraco que há no coração. Que você imagine o nó na garganta. E que saiba – e como eu espero que você saiba! – que eu te amo e que te admiro e que és uma pessoa maravilhosa.
Há tanta coisa que eu ainda quero te dizer, mas prefiro dizer pessoalmente. Estou dando o primeiro passo, por favor, me acompanha no segundo.



P.S: Wait! They don´t love you like I love you