Começa por tirar os sapatos. Pisar na grama molhada da chuva
fina e fresquinha numa noite de verão. Continua por fechar os olhos. Sentir o
vento e a chuva bater no rosto. As lágrimas se misturando com a chuva, já não são
mais lágrimas. Depois abre os braços. Deitar no chão de braços abertos sentindo
cada pedaço do corpo encostando-se à grama molhada e a chuva tocando cada
centímetro de ser. Ser vivo, ser emotivo, ser. Agora respira fundo. O ar
entrando pelo nariz, passando pela traquéia, enchendo pulmões, enchendo de vida
isto chamado de corpo que se sentia morto há tanto, tanto tempo. Pensa, sente,
vibra. Há vida, há vida, há vida...
p.s:
2 comentários:
Nossa, isso é tão "As ondas" da Woolf! Não sei se você já o leu, senão lhe recomendo, é leve, lindo, de uma sensibilidade sem tamanho.
Fazia tempo que você não postava... gostei do post mas resolvi comentar nesse aqui que é uma ginástica linda...
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